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‘Perturbação psíquica’: câmeras de segurança vão ajudar a entender como o adolescente matou a família

Os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança da casa da família e da vizinhança para entender a dinâmica dos assassinatos

21 maio 2024 às 19h58 | Paulo Santos

Foto: Reprodução/Twitter-X

O carro fora da garagem e a falta de movimentação não foram suficientes para despertar a desconfiança dos vizinhos. Somente dois dias após matar a família, um adolescente de 16 anos chamou a polícia para confessar os crimes. Solange Aparecida Gomes, de 50 anos, Isaac Tavares Santos, de 57, e sua filha Letícia, de 16 anos, foram mortos pelo jovem, que era filho adotivo do casal.

Conforme o depoimento, o jovem sempre teve desentendimentos com os pais. Ele relata que, na última quinta-feira, foi chamado de vagabundo pelos dois, que também não permitiram que ele usasse o celular para um trabalho escolar. Na sexta-feira, o adolescente pegou uma arma enquanto estava sozinho em casa.

Os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança da casa da família e da vizinhança para entender a dinâmica dos assassinatos.

“Aconteceu de a gente ouvir na sexta-feira um barulho, e aí a gente acabou meio que não sabendo o que seria, se seria uma bomba, se seria para cá ou para a rua de baixo, e a noite aconteceu que a gente ficou sabendo dessa fatalidade”, disse Victor Petrício, vizinho da família.

“Com certeza, o garoto deve ter alguma perturbação ou alguma psicopatia. Tem um gatilho, que foi aí, a questão da frustração, de não poder lidar com a frustração e que então desencadeou essa ira”, avaliou Quézia Bombonato, psicopedagoga.

O adolescente foi recolhido na Fundação Casa e deve responder pelos atos infracionais de homicídio, feminicídio, porte ilegal de arma de fogo e por tratar com desprezo os corpos.

Conforme o delegado Roberto Afonso, se ele fosse maior de idade, seria feito uma somatória dos crimes praticados para determinar a sentença em relação aos seus atos, entretanto, por se tratar de um adolescente menor infrator, o delegado afirma que o assassino poderá ficar apreendido pelo período máximo de 3 anos.

Fonte: Record News