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Viúva de Dinho Vital, ex-vereador, diz estar confiante na justiça

Eu confio que a Corregedoria vai tomar as devidas providências

20 maio 2024 às 16h56 | Paulo Santos

Foto: Arquivo Pessoal

Após a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na sexta-feira (17), Marylene Beltrão, de 43 anos, viúva do ex-vereador de Anastácio Wander Alves Meleiro, conhecido como “Dinho Vital”, expressou sua confiança na Justiça.

Dinho, de 40 anos, foi assassinado na BR-262 no final da tarde de 8 de maio, após uma briga com o ex-prefeito de Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB), durante a festa de comemoração do 59º aniversário do município, realizada em uma chácara próxima à rodovia.

“Eu estou confiando na Justiça, no Ministério Público, porque a gente tem que confiar. Eu tenho sempre afirmado essas palavras. Eu sei que isso não vai ficar impune”, declarou Marylene.

Na última sexta-feira, ela prestou depoimento por cerca de três horas à Corregedoria da Polícia Militar. “Foi um depoimento muito tranquilo, senti confiança, não senti em nenhum momento que foram induzidos a alguma coisa. Eu confio que a Corregedoria vai tomar as devidas providências. Eu acredito que a Justiça vai ser feita, eu acredito que os culpados vão ser punidos”, afirmou.

O Caso

Créditos: Divulgação

De acordo com testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com o ex-prefeito durante a festa. A briga começou quando o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou Douglas como pré-candidato pelo partido. A confusão foi apartada por outros frequentadores. Relatos indicam que Dinho saiu, voltou armado e houve uma troca de tiros às margens da rodovia com um carro Fiat Toro. No entanto, Marylene afirma que não houve troca de tiros e que Dinho não teve tempo de atirar.

Dois policiais militares, Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, de 41 anos, e Bruno César Malheiros dos Santos, de 33 anos, estão envolvidos na ocorrência como suspeitos. Testemunhas alegam que eles trabalhavam como seguranças de Douglas, mas ambos negam, afirmando que estavam na festa por outros motivos. Valdeci disse que foi convidado por um amigo, enquanto Bruno afirmou que estava de folga e ajudava na produção da banda que animava a comemoração.

Operação

Os dois policiais se entregaram após serem informados das ordens de prisão temporária (30 dias) emitidas pelo juiz Luciano Pedro Baladelli, da 1ª Vara da Comarca de Anastácio. Além dos mandados de prisão, o Gaeco cumpriu três ordens de busca e apreensão nas residências dos PMs e do ex-prefeito de Anastácio, localizadas em Anastácio e Aquidauana.

Douglas, que planeja voltar ao comando da cidade em 2025, se vencer as eleições deste ano, foi preso em flagrante por posse ilegal de armas e munições. Na residência do ex-prefeito, foram apreendidas duas carabinas calibres 22 e 38, uma pistola 9mm, um carregador e 14 munições, todos sem documentação.

Horas após a prisão, a defesa do ex-prefeito solicitou sua liberação à Justiça, e ele foi solto após pagar fiança de R$ 15 mil.