2
Campo Grande - MS Busca
Últimas Notícias
Policial

Uma semana depois, investigação sobre QG do bicho segue como mistério

Delegacia-geral ainda não divulgou com que unidade da Polícia Civil o inquérito sobre apreensão de maquinas usadas para jogo de azar vai ficar.

23 out 2023 às 19h00 | Douglas Duarte

Uma semana depois da apreensão de 700 máquinas do mesmo tipo das que são usadas para apostas no jogo do bicho, em Campo Grande, a Polícia Civil segue em silêncio sobre o encaminhamento das investigações.

A informação prestada na sexta-feira (20) foi de que a distribuição do inquérito dependia do retorno de viagem do delegado-geral, Roberto Gurgel. Ele estava em missão de trabalho nos Estados Unidos.

Gurgel retornou, mas não falou do assunto ainda, mesmo tendo sido procurado pela reportagem do Primeira Página tanto no telefone pessoal quanto via assessoria de imprensa. No retorno ao expediente, o chefe da Polícia Civil participou de pelo menos duas solenidades, sem declarações sobre o inquérito a respeito do “QG” da jogatina.

Nove pessoas estavam na casa, entre elas o major reformado Gilberto Luiz dos Santos, apelidado de G. Santos, que é nomeado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, no gabinete do deputado estadual Neno Razuk.

A apreensão ocorreu na segunda-feira passada (16 de outubro), em imóvel no bairro Monte Castelo, e foi feita por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestro). Conforme o que foi divulgado, a especializada estava investigando um roubo e acabou chegando até o imóvel.

De acordo com o que se tornou público, uma pessoa que estava no imóvel franqueou a entrada dos policiais e eles localizaram as maquinhas. São equipamentos que parecem com os usados para passar cartão de crédito, mas em vez do boleto com o valor da compra, o é imprimido é uma pule, nome dado a apostas do jogo do bicho.

A atividade foi alvo da operação Omertà, que retirou das ruas as banquinhas onde eram feitas as apostas. O jogo foi informatizado e opera de forma eletrônica, de forma volante ou mesmo em pequenos estabelecimentos.

Há uma ação em andamento, que tem 16 pessoas como réus, entre elas os irmãos Jamilson Name e Jamil Name Filho, filhos de Jamil Name, falecido em 2020, vítima de covid, quando estava preso na penitenciária federal de Mossoró.

Jamilson, que é deputado estadual pelo PSDB, teria assumido os negócios da família, segundo a acusação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Jamilzinho, como é mais conhecido, está preso em Mossoró, e condenado a mais de 40 anos de prisão.

O deputado nega ligação com atividades ilegais.