Sesau nega negligência do Samu em atendimento a idosa morta
O caso aconteceu na capital.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu, por meio de nota, sobre a demora denunciada por testemunhas, na prestação de socorro a idosa Renilda Aparecida Paim da Silva, de 62 anos, que morreu vítima de um acidente no final da manhã desta quinta-feira (23), no Bairro Vida Nova, em Campo Grande.
A secretaria informou que assim que a chamada entrou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a médica reguladora identificou prontamente a necessidade de ambulância e acionou a viatura, porém, na ligação posterior a gravidade do caso foi alterada e uma viatura de suporte avançada foi acionada.
Ainda conforme a nota da secretaria, durante o deslocamento da equipe do Samu, o Corpo de Bombeiros Militar informou que sua viatura de igual nível de atendimento estava mais próxima do acidente e assumiu a ocorrência.
Para finalizar, a Sesau ressaltou que em nenhum foi informado que não havia viatura disponível para atendimento da vítima, e que, entre o primeiro chamado e o momento que a central do SAMU foi informada sobre o óbito, o tempo decorrido foi bem inferior ao informado pela família, não ultrapassando 30 minutos.
O acidente
O acidente aconteceu às 11h19, quando a motorista da SUV, que não tinha carteira de habilitação, avançou a preferencial no cruzamento das ruas Santo Augusto com Rosa Maria Lopes Conto, e atropelou a idosa que foi arremessada contra o solo, batendo a cabeça.
A princípio, o ferimento não teria sido tão grave, já que a vítima ficou consciente e orientada pelo local. No entanto, momentos mais tarde, Renilda sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu cerca de uma hora depois do acidente.
A condutora do veículo foi conduzida para a delegacia de plantão para prestar esclarecimentos. O carro em que ela estava foi periciado enquanto a Polícia Civil e a Polícia Científica estiveram pelo local do ocorrido.
Ligações e pedido de ajuda
A família da vítima ligou pelo menos 30 vezes para o atendimento de emergência com intuito de tentar salvar a vida da idosa.
A reportagem também apurou que as ligações foram diretamente para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A nora da vítima tentou ajuda, inclusive, no posto policial que fica próximo dali no Nova Lima, porém sem sucesso.
Porém, os policiais utilizaram da rede rádio para solicitar celeridade no atendimento de Renilda. Enquanto isso, a nora foi atrás de uma amiga, que é enfermeira, mas também não foi possível a ajuda.
