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Quadrilha especializada em furto e receptação de motos em Campo Grande é presa

Grupo atuava na capital sul-mato-grossense e adulterava os veículos para vendê-los como ‘bob’, com restrição de documentos.

19 jul 2024 às 16h00 | Danielle Duarte

Uma quadrilha especializada no furto e receptação de motocicletas em Campo Grande foi desarticulada nesta quarta-feira (17) por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Cinco pessoas foram presas e, como nenhum dos detidos pagou a fiança de R$ 5,6 mil, passarão por audiência de custódia nesta sexta-feira (19). A Justiça decidirá se eles responderão ao processo em liberdade.

Membros da quadrilha confessaram crimes e detalharam funções

Durante depoimento na delegacia, um dos detidos, de 22 anos, confessou que recebia R$ 400 por cada moto furtada entregue aos compradores. Ele atuava a mando de um comparsa conhecido como “Batata”. As motos eram vendidas como “bob”, ou seja, com restrições no documento, por um valor bem abaixo do mercado: R$ 3 mil, enquanto o valor real chegava a R$ 15 mil.

A esposa do rapaz também foi presa por receptação, pois a investigação apontou que o Pix das compras das motos furtadas era feito em seu nome. Ela, no entanto, não quis se defender na delegacia e preferiu ficar em silêncio.

Prisões e apreensões

No momento da prisão, o rapaz de 22 anos estava com “Batata” na garupa de uma das motos que seria entregue a um cliente. O comparsa, que havia furtado a moto dias antes, também foi detido. Os três foram levados para a delegacia.

Na ação, os policiais apreenderam cinco motocicletas:

  • Uma Yamaha YS 150 Fazer Sed preta com sinais de adulteração no chassi e motor
  • Uma Honda CG 125 preta com sinais de adulteração no chassi e motor
  • Uma Yamaha YBR150 Factor branca
  • Duas Yamaha YBR150 Factor pretas
  • Todos os veículos apresentavam adulteração no chassi e motor.

Além das motos, três aparelhos celulares também foram apreendidos.

Investigação e modus operandi

A ação para identificar a quadrilha durou dois dias, a partir de uma denúncia sobre a venda de uma motocicleta furtada. A investigação começou no bairro Maria Aparecida Pedrossian e se estendeu por toda a capital. Segundo a polícia, a quadrilha atuava apenas em Campo Grande.

Ao longo da investigação, a polícia chegou até os dois membros da quadrilha que faziam a entrega dos veículos furtados. Eles confessaram o crime e detalharam como atuavam: eram responsáveis pela divulgação e venda das motos nas redes sociais.

Os detidos também afirmaram que um “chefe” da quadrilha era responsável pela remarcação do chassi e motor dos veículos para que fossem vendidos como “bob”.

Posteriormente, a polícia identificou duas pessoas que compraram as motos furtadas e as prendeu por receptação. Por fim, a mulher que recebia o pagamento via Pix das motos vendidas foi presa por associação criminosa.