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Estudo afirma que praticar exercícios físicos aumenta a massa cerebral

Pesquisa com mais de 10 mil pessoas constatou que aquelas que praticavam exercícios físicos regularmente tinham o cérebro mais saudável.

05 jan 2024 às 11h30 | Douglas Duarte

Créditos: Ilustração

A prática regular de exercícios físicos é frequentemente relacionada ao bom funcionamento do organismo e à prevenção de doenças. Pesquisadores de duas instituições norte-americanas descobriram que ela também melhora a saúde do cérebro, com benefícios para a memória e capacidade de aprendizagem.

A boa notícia é que os exercícios não precisam ser intensos e nem a prática por tempo prolongado para colher os frutos. Caminhar 4 mil passos por dia – o equivalente a cerca de três quilômetros – já é considerado benéfico.

A descoberta foi feita por pesquisadores do Pacific Neuroscience Institute Brain Health Center (PBHC) do Providence Saint John’s Health Center e da Universidade de Washington. O resultado foi publicado no Journal of Alzheimer’s Disease em dezembro de 2023.

Ao analisar as imagens cerebrais de 10.125 pessoas a partir de exames de ressonância magnética, eles descobriram que os praticantes regulares de algum tipo de atividade física tinham volumes cerebrais maiores em áreas específicas, como o lobo frontal de “tomada de decisões” e o hipocampo. Esta última é uma parte importante na forma como as memórias são armazenadas e tratadas.

A pesquisa também mediu o volume da matéria cinzenta dos cérebros dos participantes. Ela ajuda o cérebro a processar informações. Os cientistas explicam que o volume do cérebro é muitas vezes usado como um indicador de mudanças nas habilidades cognitivas.

O exercício melhora o fluxo sanguíneo por todo o corpo e aumenta os níveis de proteínas que mantêm os neurônios saudáveis, o que pode explicar o aumento das funções neurológicas.

“Descobrimos que mesmo níveis moderados de atividade física, como dar menos de 4 mil passos por dia, podem ter um efeito positivo na saúde do cérebro. Isso é muito menos do que os 10 mil passos frequentemente sugeridos, tornando-se uma meta mais alcançável para muitas pessoas”, conta o psiquiatra e neurocientista David Merrill, um dos autores do trabalho.