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Brasil: Justiça mantém prisão de caminhoneiro flagrado com R$ 50 milhões em cocaína

Desembargador reverte decisão e determina prisão preventiva, discordando da juíza que havia concedido liberdade provisória

19 out 2024 às 13h00 | Danielle Duarte

A saga judicial do caminhoneiro Victor Gabriel Alves, preso em flagrante transportando 800 tijolos de cocaína avaliados em R$ 50 milhões, teve um novo capítulo. Após uma juíza conceder a liberdade provisória ao motorista, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) recorreu da decisão, alegando a gravidade do crime e a possibilidade de envolvimento do caminhoneiro com organizações criminosas.

Nesta sexta-feira (18/10), o desembargador Christiano Jorge, da Comarca de Ipauçu, acatou o pedido do MPSP e determinou a conversão da prisão em flagrante para preventiva. Em sua decisão, o desembargador destacou a gravidade concreta do delito e a alta probabilidade de envolvimento de Victor com organizações criminosas, contrariando a argumentação da juíza que havia concedido a liberdade provisória.

O magistrado ressaltou que a primariedade do indiciado não pode ser utilizada como um “salvo-conduto” para a prática de crimes, especialmente em casos como este, onde a quantidade de droga apreendida é expressiva e indica um envolvimento mais profundo com o tráfico.

O caso

A prisão de Victor ocorreu no dia 16 de outubro, após uma denúncia anônima. Policiais rodoviários abordaram o caminhão que ele conduzia na Rodovia Raposo Tavares e encontraram a droga escondida em meio a uma carga de milho e polenta. O caminhoneiro confessou ter sido contratado para transportar a droga até a Grande São Paulo e receberia R$ 15 mil pelo serviço.

Em seu depoimento, Victor alegou dificuldades financeiras e que teria aceito a proposta para quitar as parcelas de um caminhão. No entanto, o desembargador considerou essa justificativa insuficiente para justificar o transporte de uma carga tão grande de drogas.

A decisão da juíza

A juíza Alessandra Mendes Spalding, que havia concedido a liberdade provisória, justificou sua decisão alegando a primariedade de Victor, seus laços familiares e sua colaboração com as investigações. A magistra também considerou que não havia indícios de que o caminhoneiro fizesse parte de uma organização criminosa.

No entanto, o desembargador discordou dessa avaliação, argumentando que o transporte de uma quantidade tão grande de drogas indica um envolvimento mais profundo com o tráfico e a possibilidade de ligação com organizações criminosas.

Próximos passos

Com a decisão do desembargador, Victor permanecerá preso enquanto as investigações sobre o caso seguem em andamento. A polícia busca identificar os demais envolvidos na operação de tráfico de drogas.