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Passe de ônibus sobe para R$ 4,75 na Capital e surpreende usuários do transporte coletivo

Passagem saiu de R$ 4,65 para R$ 4,75.

14 mar 2024 às 12h00 | Douglas Duarte

Créditos: Reprodução

Portaria publicada hoje no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) reajustou em 2,94% a tarifa do transporte coletivo, passando de R$ 4,65 para R$ 4,75.

Pela portaria, assinada pelo diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon de Oliveira Junior, consta que a medida entraria em vigor a partir da publicação, ou seja, nesta quinta-feira.

A portaria ainda trata de outros valores: a tarifa paga pelos órgãos públicos da administração direta e indireta foi estabelecida em R$ 5,95. Nas datas especiais (Trabalho, das Mães, dos Pais, Aniversário de Campo Grande, Finados, Natal e Ano Novo), fica estipulada tarifa de R$ 1,90, sendo exclusiva para pagamento em cartão eletrônico recarregável.

A medida foi tomada após a intimação do juiz Marcelo Andrade  Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, que havia estipulado prazo de 48 horas para que o Executivo aumentasse a tarifa do transporte coletivo. Caso não apresentasse proposta, a prefeitura estaria sujeita a multa de R$ 300 mil.

A merendeira, Lilia Chamurro, de 57 anos, é uma das pessoas que não sabia do reajuste. Ela acredita que o aumento complica muito para os trabalhadores.

“Além de aumentar, desconta mais da gente. É muito difícil para as pessoas que dependem do ônibus e não conseguem pagar, como no caso dos desempregados. Recebo um salário mínimo, é descontado em torno de 70 reais”, comentou.

A vendedora, Rosimeire Marques, de 50 anos, também é outro exemplo. Além do preço da passagem, ela reclama da lotação nos ônibus.

“Além de a tarifa ser alta, os ônibus são super lotados, não tem carro suficiente para transportar a gente. Fiquei surpresa que vai aumentar, nem dá tempo de saber, eu saio cedo de casa e chego 20h. Estou indignada”, lamentou.

A aposentada, Maria Mendes, de 59 anos, conta que depende 100% de transporte público e que o aumento vai impactar financeiramente.

“Até para pagar uma conta eu dependo do transporte público. Vou ao médico mais de cinco vezes ao mês, hoje estou usando o passe do meu filho, que me emprestou, mas mesmo assim sai caro. Quando não consigo pegar com ele, preciso pagar. Para nós que somos assalariados esse aumento sai caro no final do mês”, pontuou.

Pela publicação, a medida entraria em vigor a partir da publicação, ou seja, nesta quinta-feira. No entanto, em entrevista, Odilon disse que, por questão operacional, a nova cobrança não será possível hoje, sendo ainda estipulada a tarifa anterior, R$ 4,65.