PM aposentado é suspeito de maus-tratos a neto de cinco anos
O caso aconteceu em Campo Grande.
Um policial militar aposentado de 50 anos é suspeito de bater no neto de 5 anos e a criança foi levada para um abrigo, em Campo Grande. Os avós tinham a guarda provisória do menino, que até janeiro morava com o pai, mas o homem foi preso.
De acordo com o pedido do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para o acolhimento, que foi deferido pela Justiça, o avô (guardião provisório) se excedeu nos meios de correção dispensados ao menino, “agredindo-o fisicamente”. A medida protetiva é contra os avós e os pais da criança.
Segundo o site Campo Grande News, a situação chegou ao conhecimento da escola onde o menino estuda e a diretora acionou o Conselho Tutelar Norte.
Na sequência, em 15 de setembro, a conselheira registrou Boletim de Ocorrência na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Segundo o documento, o menino estava com hematoma no olho esquerdo e disse que o avô bateu com o cinto em seu rosto.
Na chegada ao abrigo, ainda no dia 15 de setembro, o menino estava com o hematoma no rosto e muito emotivo, conforme descreve o relatório informativo da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) enviado à Vara da Infância, Adolescência e do Idoso.
Em entrevista ao Campo Grande News, a mãe disse que está há dez meses sem conseguir ter contato com o filho e foi surpreendida com a ligação que recebeu do abrigo. A vendedora de 23 anos conta que, após a prisão do pai do garoto, também entrou com o pedido de guarda provisória, mas a Justiça logo deferiu a solicitação dos avós.
“Pedimos ao mesmo tempo, mas a decisão saiu rápido. Os avós alegaram que nunca fui uma pessoa presente, que nunca custeei nada, que tenho problemas psicológicos. Agora, também estou lutando contra o Ministério Público, que ao invés de vir atrás de mim, simplesmente colocara, uma medida protetiva para não me aproximar”, afirma a mãe.
Ela conta que já temia que a criança sofresse maus-tratos. “Eu avise que o avô era extremamente violento e poderia surtar. Uma vez, tentei sair de casa com o menino. Ele me amarrou na cadeira, ficava dando socos nas laterais da parede e disse que ia me levar presa por desacato”, afirma a vendedora, ao mencionar episódio de quando ainda era casada e morava na casa dos sogros.
A mãe destaca a indignação. “O que mais deixa a gente revoltada é que eu lutei na Justiça para provar que ele corria perigo”.
Os nomes dos envolvidos não serão divulgados para preservar a identidade da criança. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do policial militar aposentado.