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Morte Precoce

Novo estudo sugere que gravidez na adolescência pode estar associada a morte precoce

Pesquisadores canadenses sugerem que mulheres que engravidaram na adolescência tem mais chance de ter uma morte precoce

14:30 - 24 mar 2024 | Por Revista Crescer

(Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer

Um novo estudo sugere que a gravidez na adolescência pode aumentar as chances de uma morte precoce. Pesquisadores canadenses mostram que mulheres que ficaram grávidas na adolescência têm mais chance de morrer antes de completar 31 anos.

“Quanto mais nova a pessoa era quando engravidou, maiores os riscos de uma morte prematura”, compartilhou com o New York Times o principal autor do estudo, Doutor Joel Ray, médico obstetra do hospital St. Michael em Toronto. “Algumas pessoas vão argumentar que não deveríamos julgar, mas eu acho que instintivamente sempre sabemos que tem uma idade que é muito nova para engravidar.”

O estudo, publicado no dia 14 de março no JAMA Network Open, recorreu a um registro de um seguro de saúde para acompanhar a gravidez entre 2 milhões de adolescentes em Ontário, Canadá. A base de dados incluía meninas a partir de 12 anos. Aquelas que tiveram uma gravidez na adolescência antes dos 16 anos tiveram a maior taxa de mortalidade precoce.

Mesmo depois de levar em consideração outros problemas como questões de saúde, econômicas e educacionais, adolescentes que levaram a gravidez até o final são duas vezes mais suscetíveis à morte precoce. A situação era igualmente grave para adolescentes que tiveram gravidez ectópica, em que o óvulo fertilizado cresce fora do útero, ou gravidezes que terminaram em natimortos ou abortos espontâneos.

Os pesquisadores notaram que, embora os riscos diminuíssem um pouco para mulheres que interromperam a gravidez durante a adolescência, ainda havia uma probabilidade 40% maior de morte prematura em comparação com aquelas que não engravidaram durante esse período. Além disso, observaram que as mulheres que tiveram uma gravidez na adolescência tinham uma taxa mais alta de histórico de automutilação entre os 12 e 19 anos de idade em comparação com aquelas que não engravidaram.

Os pesquisadores também descobriram que aquelas que tiveram uma gravidez na adolescência tinham maior probabilidade de residir em bairros de renda mais baixa e em uma área com menor conclusão do ensino médio. A idade média das participantes após o período de acompanhamento foi de 25 anos para mulheres sem gravidez na adolescência e 31 anos para participantes com gravidez na adolescência.

Entre adolescentes sem histórico de gravidez, ocorreram 1,90 mortes para cada 10.000 adolescentes por ano. Para mulheres que engravidaram uma vez na adolescência, foram 4,10 mortes por 10.000 adolescentes por ano. Já para aquelas com múltiplas gestações na adolescência foram 6,10 mortes por 10.000 adolescentes por ano.

Autor/Propriedade Intelectual – Revista Crescer

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